A lenda das bruxas no Arraial
POR REINALDO MARTINS FIALHO
A lenda das bruxas no Arraial
Assim como o lobisomem era falado pelos moradores de outros tempo que o casal que tinha no mínimo sete filhas consecutivamente, sem nenhum do sexo masculino, mais velha seria bruxa. Teria que ser do mesmo casal. Para quebrar o encanto, a mais velha teria que batizar a mais nova.
Dizia minha avó Anna Calixto de Macêdo e minha mãe Olga Calixto de Macedo, assim como vi falar s vizinhos que contavam que as bruxas eram velhas malvadas. Cavalgavam voando, em cabos de vassouras, com roupas rotas, em chapelão grande, de copa alta e cor preta.
Eram desdentadas, e somente aparecia dois grandes dentes na frente de sua boca, oferecendo uma visão tétrica, horrorosa.
Só andava altas horas da noite, quando a maioria do povo já estava dormindo. Davam pavorosas gargalhadas “quá quá quá quá”, fazendo tremer aqueles que não tinham medo, arrepiando a cabeça, e deixando o corpo gelado de pavor.
Elas também eram encantadas, e passavam em qualquer racha das portas e janelas, no buraco da fechadura ou do telhado.
Ainda mais que as portas eram feitas de madeiras brutas e tosca.
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