Carta à sobrinha

Todos os poetas são feitos à vontade de Deus. Cecílio Barros, quando no êxtase da inspiração, insurge de um Imenso mergulho poético que somente aos escolhidos são atribuídos, e suas obras parecem renascer com capacidade mitológica qual a fênix.

O poeta comenta de uma sobrinha que a considerava e estimava como filha. Um dia ao se vê apertado pela saudade, sente a necessidade de escrever algo para essa criança. Ele bem que gostava de ver a alegria brotar nos lábios das pessoas que ele amava, não menos dessa linda moça que, vez por outra, suas lembranças traziam saudades e faziam as fontes inspiradoras jorrarem em sua memória. Cecílio ao brincar no mundo das letras, envia, festivamente, esta linda “CARTA À SOBRINHA”. Wilnes Martins Pereira

 

Carta à sobrinha

Querida Maria
Amor do meu peito
Teu amor eu enfeito
Com versos assim

És linda e formosa
A flor mais mimosa
Suplantastes a rosa
Do meu jardim

É linda cravina
Qual noite orvalhada
Beleza encantada
Assim eu direi
Teus olhos brilhantes
São pedras diamantes
Que vivem distantes
De mim eu bem sei.

Ó filha adorada
As horas que chamas
Por mim ó sobrinha
Bendita assim seja
Que seja rainha
Assim quando a clama
São esses os votos
Que o tio deseja.

Ó minha sobrinha
Que amar sempre pude
Que o Nosso Senhor
Te ponha bênção
Que tenha saúde
Paz e virtude
E o amor não se mude
Do seu coração.

Cecílio Barros Pessoa