A Tragédia

Um velho casco de navio abandonado
Jazia inerte numa praia à beira mar.
Dizem que quando se faz noite enluarada
Ouve-se um canto de sereia pelo ar!

Os pescadores que nos contam essa história
Falam que nele uma sereia foi morar.
E ainda hoje trazem vivo, na memória
Grande naufrágio ocorrido em alto mar!

Onde uma jovem virgem, bela passageira
Que desfrutava de um cruzeiro pelo mar,
Numa viagem embarcou, cheia de sonhos
Que em realidade pretendia transformar!

E em noite quente, brisa leve… que ironia!
Um maremoto violento aconteceu.
Foi o destino, com ciúme da alegria,
Que fez tragédia onde ninguém sobreviveu…

Todos os corpos foram dar naquela praia
Junto ao navio encalhado em sua areia
Menos a virgem, jovem bela passageira,
Que todos crêem, ela seja essa sereia!

Paulo da Silveira Rodrigues