Lenda: o filho de Mieco e a mulher de branco no cais da ilha

HISTÓRIA DO PASSADO
POR REINALDO MARTINS FIALHO
Fato Acontecido

Lenda: o filho de Mieco e a mulher de branco no cais da ilha

Manoel Vianna Filho, vulgo “Mieco’ tem um filho que trabalhava na vigia em um barraco na Ilha do Farol, à serviço da Marinha. Mais ou menos em 1970, à noite, ele estava no serviço que é junto do cais e perto da praia. Estava só.

Na referida ilha trabalhava o faroleiro Zezé slot terpercaya de Chiquita, que era o rádio telegrafista do farol. Como ele estivesse também só em sua casa na referida ilha, ele resolveu sair para dialogar com o vigia, que ficava distante. Já eram onze e meia da noite.
Ao chegar encontrou o barraco fechado por dentro e, nos vidros, papelões e jornais pregados. Ele pensou: “O vigia está dormindo”. Bateu na porta e disse: “Abre aqui vigia”.

Lá dentro havia silêncio. Parecia que alguém chorava baixinho. Ele bateu novamente mais forte. Dentro do barraco o vigia emocionado gritou: “Pelo amor de Deus, vai embora”, e chorando rezava o Pai Nosso.

Zezé pensou: ”…o rapaz está passando mal”, e quebrou o vidro.

O rapaz lá dentro gritou forte: “Por favor, me ajude meu Deus”.

Zezé abriu a janela e entrou. Quando ele reconheceu o Zezé, agarrou-se à este e disse: “Graças a Deus que você veio”.

Ele estava aterrorizado.

Zezé pediu-lhes: “Conte o que aconteceu…”.

Ele disse: “Eu estava aqui na porta do barraco, olhando ao longo do cais, de repente surgiu em cima do cais uma mulher toda de branco. Quando eu vi já comecei a pensar maldades. Eu pensava, uma mulher sozinha a estas horas aqui. Será que ela veio com alguém cedo em algum barco e deixaram ela na ilha? Esperei na porta. Ela encaminhava-se para meu lado, eu já todo feliz, ia oferecer a ela para dormir ali até chegar o dia, quando apareceria condução. Quando olhei para os pés dela, vi que ela flutuava, os pés não tocavam no chão. Fiquei arrepiado de medo. Entrei para dentro do barraco e fechei por dentro. Pela rachinha da tábua, vi que ela passava por cima de umas grandes pedras com uma facilidade fora do normal, e encaminhou-se na direção do barraco dos pescadores da canoa Princesa, na beira da praia, o qual estava vazio”.

De repente ele viu ela abrir duas asas e voou.
“Aí fiquei mais aterrorizado ainda e gritei: Ó meu Deus, me ajude! “.

Reinaldo Martins Fialho

Desenvolvido esta lenda, a qual é um conto, acontecido na Ilha do Farol do Cabo
Contado por Zezé

Reinaldo Martins Fialho – Acervo de Família