Lenda de Horácio Porto e Deco Simas

HISTÓRIA DO PASSADO
POR REINALDO MARTINS FIALHO

Lenda de Horácio Porto e Deco Simas

Mais ou menos no ano de 1970, a Praia Grande, era muito “pescosa”, e havia muitos pescadores que gostavam de pescar na praia com linhas e anzóis. Era chamado de pesca de cambão.

Os pescadores Deco e Horácio decidiram sair para situs judi slot a pesca na Praia Grande às dezoito horas. Era o serãozinho, como chamavam os pescadores. E aquela noite estava fria, mas as águas boas para a pesca, e eles achavam o prenúncio para fazerem boas pescarias.

Pegaram seus aparelhos de pesca, e em poucos minutos chegaram na praia.
De repente, Deco chamou a atenção de Horácio.
Disse: “companheiro olha que coisa linda encalhada na praia”.
A Praia Grande nos tempos passados, o pessoal achava muita madeira que encalhava.

Sacos de perfumes franceses, embalagens do despertador Europa, “aquele da caixinha”, fardos de Calea Lee, caixas de whisky escocês, fardos de sandálias havaianas, que chamavam de sandálias lambrêtas, bolas, inclusive a primeira bola de couro, foi achada pelo meu pai Antonio Martins Bragança e fez doação para o presidente do Tupi Esporte Clube, José Pinto de Macedo. Foi esta a primeira bola de couro chegada no Arraial do Cabo. Quando iam jogar, levavam na cidade de Cabo Frio para encher. E José Pinto de Macedo foi quem trouxe a primeira peteca.

A LENDA

Orácio, ao ver a bola mostrada por Deco, disse: “é uma grande bola, e leitosa e com, mais ou menos, quarenta centímetros de altura”.
O mar levava e trazia.

Horácio disse: “Vamos apanhá-la. Seguiram os dois na direção da bola e esta, quando estava próximo de suas mãos, afastava-se parecendo até ser impulsionada pelos ventos ou evitando de ser tocada por eles. Resolveram a cercar um de cada lado. Quando a bola estava na altura das mãos de Horácio, este se abaixou para pegar. Ao tocá-la, esta estourou, deixando ambos cegos.

Seria esta de gás. Se era, por que não estourou roçando na praia ou com o movimento do mar? Os dois passaram a noite inteira na praia cegos, não pescaram e não sabiam como voltar. Choraram a noite inteira sob suas infelizes sorte.

No dia seguinte quando o sol apareceu, eles recobraram a visão e voltaram para casa sem saber o significado daquele acontecimento.

Reinaldo Martins Fialho
Reinaldo Martins Fialho – Acervo de Família